Uma história ilustrada, inspirada em Monção.
A história que vamos contar é uma obra de ficção, vagamente baseada e relacionada com eventos históricos de Monção, que não pretende, de forma alguma, ser historicamente precisa. Exceto a parte dos bagos, que falam. Essa é totalmente real.
Cliente
- Município de Monção
Ano
- 2022
Descrição
- Banda Desenhada
Intervenção
- Design Gráfico
- Ilustração
- Character Design
- Design Editorial
O Reino do Alvarinho
Quando pensas nos grandes poderes da humanidade, vêm-te à cabeça inúmeros reinos. Mas há um que, embora não venha mencionado nos livros de história, tem uma magia única. É uma terra fascinante, sem igual. O seu nome é Reino do Alvarinho.
Situado no noroeste da Baguínsula Ibérica, o Reino do Alvarinho, algo mais grandioso do que poderias imaginar, foi afirmando a sua inconfundível identidade, ao longo dos anos, graças à felicidade e arte de “saber fazer” e “bem receber” do seu povo. Um povo marcante, profundamente ligado ao que perdura, distingue e faz recordar, que dá a conhecer o seu território através das suas tradições, costumes, lugares e paisagens.
Pensa-se que a origem deste Reino está relacionada com fatores como a abundante riqueza de recursos e a privilegiada localização geográfica. No entanto, existe um local recôndito, que se diz ser o principal segredo, tanto da origem como do desenvolvimento e longevidade da civilização habitante: A Fonte da Felicidade.
Tão lendária quão carismática é o termómetro da felicidade do Reino.
Acredita-se que foi aqui, antes de qualquer registo, que o Reino do Alvarinho ganhou vida. E alma! Não a partir de uma explosão ou algo que caiu do céu, mas sim, das raízes de um néctar divino, que germinaram os primeiros habitantes, fazendo com que estes herdassem as suas características singulares.
Principalmente, a cor. A tão característica cor verde-amarelada da pele desses habitantes, Os Alvarinhos, que os torna conhecidos e falados além-fronteiras. E que, quando demasiado exposta ao sol, adquire um tom rosado!
A fama não se deve só à cor da pele, mas também, a um sem fim de outras características distintas. A maior parte da população vive em barricas, sob a proteção das muralhas da fortaleza, e entrega-se às atividades da agricultura, viticultura e pesca. Esta última, realizada, maioritariamente, no principal rio do Reino, o Rio Alvarinho. Para relaxar, sabem bem como aproveitar os recursos que a natureza lhes proporciona. Como por exemplo, as fabulosas termas, onde desfrutam de tratamentos medicinais.
Neste Reino, onde um tal néctar é rei, a gastronomia e o património cultural e edificado também têm uma palavra a dizer. Não fora ele considerado um Reino de 7 Maravilhas à Mesa. De valor invejável!
E que dizer das lendas e dos mitos? São simplesmente históricos e verdadeiros. Existem poetas e heroínas imortais, figuras e criaturas mitológicas, que vivem em comunhão com os restantes habitantes. Até o solo tem vida! Não só o solo, o terroir. Esse conjunto de propriedades naturais (solo, geografia, geologia e clima) e humanas inigualáveis, nunca vistas em nenhum outro reino do mundo. A tal alma e principal razão da imortalização do aclamado néctar.
Como podes imaginar, o Reino vive sempre em festa! Os eventos são realizados com pompa e circunstância, desde os mais populares aos mais históricos. Tudo porque Os Alvarinhos são foliões por natureza e não dispensam uma boa festa popular ou um banquete erudito.
É esta a forma como eles encaram a vida. Isso mesmo, com alegria de viver e aproveitando cada momento, em comunhão com a família, amigos e visitantes.
Cliente: Município de Monção
Ano: 2022
Direção de Arte: MarkaBranka
Design Gráfico: Fábio Alves
Ilustração: Rafael Pereira e Ricardo Canas
Textos: Márcio da Rocha
Editora: Zero a Oito
Paginação: Zero a Oito